quinta-feira, 31 de março de 2011

CHOCOLATE NA PÁSCOA E NO ANO TODO

foto divulgação Cuore di Cacao

Comer chocolate é muito bom. Anima a alma, dá alegria e saciedade. Mas cuidado com os excessos, o chocolate possui além de açúcar, bastante gordura saturada, na forma de manteiga de cacau. Substâncias boas, estimulantes, como a teobromina e a cafeína, e os antioxidantes polifenóis também estão presentes. Vamos pensar apenas no prazer que o chocolate nos dá.

Se é para comer chocolate, que seja de boa qualidade. Para mim, os campeões são os chocolates produzidos pela Cuore di Cacao, cuja loja no bairro do Cabral em Curitiba acaba de completar um ano.

Na sexta feira, dia 25 de março, as irmãs Bibiana e Carolina Schneider convidaram amigos para conhecer a nova coleção de chocolates. Foi o momento de também festejar o aniversário da loja do Cabral, onde a Cuore di Cacao compartilha o espaço com o Empório Rosmarino, cuja chef Solange Schneider é a responsável pela produção das massas artesanais congeladas, molhos, sopas, antepastos, quiches e sobremesas. O empório ainda vende vinhos, azeites e outras delícias.

No evento, após a degustação dos salgados da Rosmarino, passei aos chocolates. Uma tentação! Quadradinhos lindos, recheados com os sabores dos novos ovos de páscoa: pistache, crème brûlée, marzipan, caramelo com flor de sal, chocolates de origem com 62% de cacau do Brasil e de Madagascar. Havia muitos outros, que a prudência não me permitiu provar. Os meus preferidos são sempre os mais amargos, com mais cacau, como os dois últimos. Um dos que também adoro é o chocolate com caramelo e flor de sal. O contraste de sabores, doce e salgado, fica delicioso. A primeira vez que comi um chocolate assim foi na França, juntamente com o cafezinho no restaurante do Joel Robuchon, há uns 5 anos. Na época, ninguém aqui no Brasil conhecia esta novidade. Fiquei maravilhada à primeira mordida.

A nova coleção de ovos de páscoa tem sabores diferentes em cada face do ovo, cada metade com um recheio. Podem ser saboreados separadamente, mas juntos criam novas sensações. As novidades são os ovos Crème Brûlée, que contém recheio cremoso de baunilha Bourbon numa face e pedaços crocantes de caramelo em outra. O de Caramelo Balsâmico e Morangos é composto por metade chocolate amargo, cacau de Madagascar, com morangos desidratados e o outro lado é recheado com caramelo de vinagre balsâmico. A ousadia ficou por conta do ovo de Gorgonzola com Doce de leite e Nozes. Uma metade recheada com ganache de doce de leite e queijo gorgonzola e a outra com nozes tostadas. Estou com água na boca por estas delícias.

Os ovos das diversas linhas continuam a ser produzidos: linha Clássicos, Damasco, Champanhe, linha Origem com os chocolates da América do Sul (trufado ao leite 40% cacau), Equador e Venezuela (trufado amargo 70% cacau) e Brasil (amargo 62% cacau), e linhas Diet e Humm!!

Carolina e Bibiana trabalham juntam há mais de 8 anos. Carolina, formada em Nutrição, especializou-se em chocolates, fez curso na École Lenôtre e estagiou em várias casas européias. Bibiana, designer, cuida do conceito visual de toda a chocolateria.

Serviço:

As lojas da Cuore di Cacao ficam na R. Fernando Simas, 334 – Batel. Telefone (41) 3014-4010 e na R. Dr. Manoel Pedro, 673 – Cabral – Curitiba/PR. Telefone: (41) 3053-4010.

A Cuore di Cacao aceita encomentas para outra cidade. Os chocolates são enviados em embalagem apropriada através do sedex-10.


domingo, 27 de março de 2011

ACONTECE EM CURITIBA

A loja vinhos Grand Cru de Curitiba abriu suas portas há 3 meses e já está movimentando o mercado com um grande evento. No dia 30 de março, a primeira feira de vinhos promovida pela importadora Grand Cru em uma franquia acontecerá nesta cidade e contará com a presença de produtores do velho e novo mundo. Serão cerca de 70 rótulos das várias regiões do mundo a serem degustados .
A feira abrirá as portas às 15 horas para profissionais convidados e jornalistas, e às 19 horas para o público consumidor.

Serviço:

Grand Tasting 2011 – Grand Cru Curitiba
Data: 30 de março de 2011 (quarta-feira)
Local: Grand Cru Curitiba - Rua Pasteur,90 Batel
Horário: Profissionais convidados: das 15h às 18h
Consumidor Final: das 19h às 22h
Investimento: R$180,00 /pessoa
Degustação paralela Casa Real R$ 280,00
Vagar limitadas

Endereço: Rua Pasteur, 90 – Batel

Informações e reservas: 41 3044-0292

sexta-feira, 25 de março de 2011

HAMBURGUER CASEIRO

Preparar um hambúrguer em casa, além de fácil, é uma boa oportunidade para reunir os filhos e a família na cozinha. Fiz esta receita pensando nas crianças e adolescentes que adoram hambúrguer. Aqueles congelados, comprados em supermercado, são muito calóricos e cheios de gorduras saturadas. Esta minha receita tem pouca gordura. Procurei usar carne magra, patinho, azeite de oliva e ainda acrescentei um pouco de farinha de aveia. Esta vai dar liga e um pouco de fibra à massa. A receita também funciona sem a aveia, alguns preferem assim.

Começamos amassando muito bem todos os ingredientes, carne, azeite, aveia e os temperos. Em seguida, fazer um rolo e envolver em filme plástico. Levar para gelar.

Cortar o rolo em fatias, procurando manter o formato.


Grelhar em grelha ou frigideira bem quente, ligeiramente untada com manteiga ou assar em forno muito quente até tomar cor.

Servir imediatamente.

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RECEITA HAMBURGUER CASEIRO


6 porções (pequenas):

Ingredientes:
  • 500 g de carne moída (patinho)
  • ½ cebola bem picada ou ralada
  • 1 dente de alho moído (opcional)
  • 2 c. sopa de azeite de oliva extra virgem
  • 2 c. sopa de farinha de aveia
  • 1 c. sopa de salsinha bem picada
  • 1/2 c. café de sal
  • 1 c. chá de mostarda (opcional)
  • Pimenta moída na hora (opcional)
  • Molho inglês (opcional)
Preparo:

Misture a carne com o azeite, cebola, alho e temperos. Amasse bastante com as mãos. Forme um rolo, enrole no filme plástico e leve para gelar por meia hora, para ficar mais firme. Retire da geladeira, corte o rolo em 6 fatias iguais, dando o formato do hambúrguer.
Prepare no grill ou frigideira bem quente, levemente untada para não grudar. Ou asse no forno bem quente.

Se quiser congelar, coloque os hambúrgueres sobre filme plástico e cubra com outro pedaço de filme. Corte em volta de cada um e congele.

segunda-feira, 14 de março de 2011

AQUAVIT


Aquavit é um destilado de batata, originária da Dinamarca. No Brasil, Aquavit é o restaurante de Simon Lau Cederholm, chef dinamarquês, que em sua residência às margens do Lago Paranoá em Brasilia, recebe os clientes para um menu degustação de 3 a 5 pratos. Os vinhos são servidos em taça harmonizando com os pratos (opcional).

O local é lindo! Sua casa é toda branca, moderna, poucas mesas na varanda, a cozinha aberta e uma maravilhosa vista para a cidade. Mesmo à noite, conseguimos identificar o congresso e a ponte JK. Ambiente super agradável.

Chegamos e Simon nos recebeu à porta. À mesa, ele nos explicou todos os pratos, os ingredientes e técnicas de preparo. Ele utiliza em sua culinária muitos ingredientes brasileiros como coco, milho, tucupi, seriguela. Todos sempre frescos e da estação. O coco é da própria residência. Os ingredientes brasileiros estão numa harmonia sutil com os da culinária tradicional. Tudo é muito delicado e leve.

Enquanto esperávamos os pratos, veio o couvert: pães, um confit de pato com geléia de laranja e manteiga com trufa.

Primeiro prato: Camarão com raspa de coco verde, sorbet de água de coco, concassé de pimentão, espuma e farofa de coco. Vinho – Pulenta Estate, Sauvignon Blanc, 2008, Argentina.


Segundo prato: Timbale de surubim com banana da terra, agrião e tucupi. Vinho – Fritz Haag Trocken, Riesling, 2007, Alemanha.

Terceiro prato: Foie gras grelhado com sorvete de sabugo de milho ao beurre noisette, servido com milho refogodo e pamonha. Vinho – Enrique Foster, Reserva Malbec, 2006, Argentina.

Quarto prato: Filet mignon com tutano defumado, beterraba, salsinha, raiz forte e croutons. Vinho – Medalla Real, Cabernet Sauvignon, 2007, Chile.


Sobremesa: Sorvete de iogurte de leite de cabra servido com sopa gelada de seriguela e gelatina de umbu e pé de moleque. Vinho – Delas Muscar Beumes de Venise, 2007, França.


O café veio acompanhado de madeleines deliciosas. Abaixo algumas fotos do ambiente.


Estava tudo delicioso. Se fosse eleger o melhor prato, escolheria o timbale de surubim. A banana deu um adocicado e um contraste muito bom. Outros destaques foram a crosta do foie gras, o tutano defumado sobre o mignon e a sobremesa totalmente inesperada, com sabores diferentes e sutis.

Muito merecido, o Aquavit no ano passado levou quatro prêmios do Guia Quatro Rodas, Guia Brasil 2011: melhor chef do ano, melhor restaurante de Brasília, melhor restaurante da região Centro-Oeste e ainda conquistou Duas estrelas.

Serviço:

Endereço: Setor de Mansões Lago Norte – ML 12 conjunto 1 – casa 5 – Brasília – DF
Tel: 55 61 3369-2301, 61 9167 0000
É necessário reserva.
Veja o site do restaurante. Lá tem muitas fotos e os menus.

quarta-feira, 9 de março de 2011

RECEITAS DA CONFRARIA

Fazem exatos nove meses que a Confraria Curitibana de Gastronomia se reuniu pela última vez. Sendo que o último jantar foi após um longo verão e inverno sem encontros. Ou seja, a confraria está agonizando. Talvez, em vez de uma extrema-unção ou um respirador, um bom prato de comida ou uma sobremesa bem gostosa ressucite a nossa confraria.

Ela foi ativa por muitos anos. O grupo começou a cozinhar junto em 2002 ou 2003, na casa do Celso Freire. Posteriormente, os jantares passaram a ser preparados na cozinha da casa do Lubomir, e foi lá, em 2004, que eu entrei para a confraria. Nesta época, as reuniões eram quinzenais. Haja disposição para tantos pratos e sobremesas! Em todos estes anos, tudo era preparado no dia, todos juntos. O jantar era composto de entrada, prato e sobremesa. Cada um fazia um pouco. Posteriormente, decidiu-se criar o chef da noite, ou dia, pois às vezes fazíamos almoço na sede campestre, casa da Telma. O chef seria responsável pelo cardápio, faria as compras e distribuía as tarefas. As receitas podiam ser de livros, inventadas ou copiadas de alguém. Só não podiam ser repetidas. Nem imagino quantas receitas preparamos. No inicio, não existia uma organização, blogs, e etc. As primeiras receitas ficaram meio perdidas. Em 2004 a Telma montou um CD com várias receitas e em 2009, o blog. Tínhamos uniformes, logotipo, cada um suas facas e eu sempre levava a minha mala. Lá havia tudo o que podíamos precisar. Fernanda se dizia ajudante e fez uniforme azul, enquanto os dos outros eram brancos.

Como o blog da confraria está praticamente inativo, farei aqui alguns links para as receitas e buscarei outras que não estão no blog.

Vou começar com três pratos de carnes:
Clik nos links abaixo:

terça-feira, 1 de março de 2011

VINHOS ROSÉS

A última reunião da Confraria Feminina de Vinhos foi dedicada aos rosés. Vinhos muito gostosos, geralmente leves, refrescantes e que combinam bem com o verão. São geralmente desprezados no inverno, mas podem ser consumidos o ano todo, principalmente no Brasil, onde nosso clima é tropical.

Algumas das confreiras: Marian, Mônica, Francisca, Marlene, Isa e Célia.

Em cada reunião, uma das participantes fica responsável por um assunto, e desta vez, a responsável fui eu. Transcrevo abaixo um pouco das informações que levei ao grupo.

A má fama dos rosés originou-se da falta de cuidados com que os vinhos eram feitos há algum tempo. Para a elaboração, misturavam vinhos tintos e brancos . Hoje, os rosés são vinificados com todos os cuidados, e a cada dia, estão melhores e sendo mais consumidos. Só é permitida a mistura de vinhos tintos e brancos na elaboração do champagne rosé. Os champagnes são geralmente feitos a partir de vinhos das uvas Pinot Noir e Chardonnay.

Os vinhos rosés adquirem a coloração pelo contato da casca das uvas tintas com o mosto e depois são vinificados como vinho branco. Este contato pode ser na prensagem, antes da fermentação, ou no inicio da fermentação (método sangria). O contato com as cascas é rápido, de 4 a 12 horas, dependendo do objetivo do vinicultor. Quanto maior o tempo, mais intensa a coloração do vinho.

A maior parte dos rosés são vinhos para consumo imediato, no máximo três anos, mas existem alguns, mais estruturados, que podem ser guardados por mais tempo. São vinhos que geralmente não passam por barrica de carvalho.

As características dos diferentes rosés são dadas pelas diferentes castas de uvas, além do terroir. São uvas tintas. Na Provence, as mais empregadas são a Grenache e Cinsaut. Também são elaborados a partir de Pinot Noir, Syrah, Nebbiolo, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Malbec e outras.

A França é considerada o principal país produtor de rosés, em particular na região mediterrânea. Existem também bons rosés no Loire (Sancerre, Anjou) ou em Bordeaux. Em Tavel, próximo ao Rhône, são produzidos os melhores rosés franceses. Alguns chegam a ser um pouco caros.


Encontramos também bons rosés em Portugal,Espanha, Itália, Califórnia, Chile e Argentina. São elaborados com uvas típicas de cada região e isto faz com que sejam muito diferentes entre si.

Os rosés harmonizam muito bem com saladas, queijos, embutidos, aperitivos. Alguns mais encorpados combinam com carnes brancas, aves, peixes, camarões, pratos com molhos mais densos e um pouco condimentados, como moquecas e paellas.

Escolhi três vinhos de regiões e uvas diferentes que foram desgustados às cegas.

Dá para ver pelo nível dos copos, o meu preferido.

O primeiro, mais clarinho, um salmão pálido, era francês, GÉRARD BERTRAND Réserve Spéciale – 2008 – Provence. Possuía 13% de álcool e estava bem equilibrado, com ótima acidez. Foi o que mais me agradou. No momento do serviço, o vinho estava muito gelado, o que prejudicou a avaliação olfativa. Mas depois de algum tempo, um aroma de mel ficou bem evidente. Seu produtor, Gérard Bertrand, é ao mesmo tempo proprietário e parceiro dos melhores viniviticultores. Possui 360 hectares de vinhas nos melhores terroirs do Languedoc. Tem respeito ao meio ambiente. Faz cultura biodinâmica, com rendimentos limitados, colheita manual. Vinho com bom aroma ao nariz, e na boca possui uma característica de fruta. É muito fresco. Harmoniza com grelhados, saladas, pratos com especiarias, lulas recheadas, vitela. Temperatura de serviço entre 11 e 13°C. Preço R$ 68,00 em loja. Importado pela Expand.

O segundo vinho, chileno, CHOCALÁN Rosé 2009, uvas Syrah e Petit Verdot, com 13,5 % de álcool. Coloração bem mais intensa. Um rosa brilhante. Ideal como aperitivo ou para acompanhar carnes brancas, salmão e preparações frescas camarão, saladas. Deve ser servido com temperatura entre 10 e 12°C. A Viña Chocalán evidencia em seus vinhos o caráter do vinhedo onde as uvas são cultivadas levando em conta o privilegiado terroir do Vale do Maipo. O rigoroso cuidado dos vinhedos, respeitosas práticas meio ambientais e métodos naturais na produção do vinho, dão como resultado vinhos aromáticos, encorpado e de grande sabor, uma autêntica expressão da fruta e o do terroir. Preço: R$ 42,00 em loja.

O terceiro vinho da degustação às cegas foi o português CARM ROSÉ 2009, da região do Douro. Elaborado com 100% de uvas Touriga Nacional, coloração bem intensa e o menos alcoólico da noite, 12,5% e foi o que menos me agradou. Custa R$ 58,00 em loja.

Após esta degustação às cegas, passamos para o CHAMPAGNE BARNAUT GRAND CRU ROSÉ. Estava deliciosa, com boa perlage, boa persistência na boca e ótima acidez.

Produzida pela Maison Barnaut, que foi fundada em 1874 por Edmund Barnaut. Localiza-se em Bouzy, região de Champagne. Pertence desde sempre à mesma família, e hoje, a sexta geração já está na produção do champagne. Acompanha bem uma refeição, pratos de queijos fortes. Colheita manual, com triagem seletiva das uvas. O vinho de base vem de maceração, sangria (saignée) de Bouzy rouge. É basicamente de Pinot Noir, 85 a 90% e 10 a 15 % de Chardonnay para dar vivacidade e longevidade. Vendida pela Importadora Decanter e custa na Adega Boulevard R$ 189,70.

Uma salada de folhas verdes e salmão marinado acompanhou o champagne, harmonizando muito bem.

Finalizamos a noite com o MORGON Lapierre 2009. Vinho de uva gamay (100%) e 12,5 % de álcool. Morgon é um dos 10 crus de Beaujolais. Tem potencial para envelhecer alguns anos. Aromas de cereja e morango, com acidez marcada e refrescante. Esse vinho passa por barricas de carvalho e ao contrário de outros beaujolais e atinge seu apogeu 5 anos após a colheita.

Elaborado pela família Lapierre que produz vinhos há três gerações. Seu produtor, Michel Lapierre, faleceu em outubro do ano passado aos 60 anos, e deixou todos os aficcionados do mundo do vinho muito tristes. Ele optou pela produção de vinhos naturais, desde 1981, dispensando o uso de sulfitos na vinificação, filtragem e inseticidas no tratamento das vinhas. É um vinho para ser tomado à temperatura de 13°C. O ano de 2009 foi excepcional, dando vinhos de maior complexidade. Preço: R$ 135,00 em loja.